quinta-feira, 23 de setembro de 2010

1ª Republica Portuguesa


O período de vigência da Primeira República vai de 1910 a 1926. O grande factor do insucesso da República foi, sem dúvida, a conjuntura internacional pouco favorável decorrente de todas as crises provocadas pela Primeira Grande Guerra. Não teve tempo de fortalecer as suas bases, o que a impediu de crescer.
Outro motivo que geralmente se aponta para a não perpetuação do regime foi o facto de se ter apoiado nas massas populares urbanas que reflectiam o clima da instabilidade social que se vivia então.
O desfecho da Primeira República já se vinha a delinear desde o governo democrático de Álvaro de Castro e com a sua queda em Junho de 1924, demonstrando sintomas de uma crise política exacerbada pelo confronto entre os diferentes partidos políticos que ao alcançar o poder rapidamente caíam.
As melhorias introduzidas nos diversos quadrantes da economia do país desde 1923, resultantes do avanço proporcionado pela industrialização e alfabetização, perspectivavam uma continuidade do regime republicano, mas tal não aconteceu. O grupo dos descontentes com a nova situação era grande: a igreja estava desejosa de regressar ao seu poder anterior; o exército e os funcionários públicos viram dificultado o seu poder de compra; a indústria suportava pesados impostos; os operários desejavam ver cumpridas as suas reivindicações; alguns intelectuais, elementos da direita e o Exército começavam a abraçar ideais fascistas e todos estavam cansados das lutas partidárias e de uma república inoperante receando a anarquia.
A queda da Primeira República consumou-se entre 28 e 31 de Maio de 1926 pela mão do general Gomes da Costa. Este revoltou-se em Braga no dia 28 e marchou para Lisboa com a adesão do exército. O Governo demitiu-se a 30 de Maio e logo no dia seguinte o presidente da República também se demitia fazendo com que a revolução saísse vitoriosa.