terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Hirohito





Imperador da milenar monarquia japonesa nascido no palácio Aoyama, em Tóquio, responsável pela readaptação do Japão aos novos tempos depois da derrota militar na segunda guerra mundial. Recebeu educação adequada a sua realeza e desde muito jovem mostrou grande interesse pela biologia marinha. Ao regressar de viagem à Europa (1921), foi nomeado príncipe regente quando seu pai, o imperador Taisho, abdicou. Foi coroado imperador (1926) subiu ao trono imperial com poderes nominalmente absolutos, mas na prática, sob o autoritarismo dos militares. Foi assim que declarou guerra aos Estados Unidos após o covarde ataque a Pearl Harbor (1941). Quatro anos depois capitulava, após a explosão das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto (1945). Derrotado aceitou sem resistência o regime de monarquia constitucional imposto pelos vencedores, apesar da opinião contrária de alguns nacionalistas. A partir de então, partiu para a ruptura com algumas tradições demasiadamente rígidas, e dar exemplos a seus súditos, visando o caminho da recuperação e modernização que levou o país a se tornar uma das grandes potências econômicas mundial. Morreu em Tóquio, e foi sucedido pelo filho Akihito.


Charles de Gaulle


O nome mais importante da vida política francesa desde Napoleão Bonaparte, Charles Andre Marie Joseph de Gaulle nasceu em Lille, no norte da França, no dia 22 de novembro de 1890, e ingressou na academia militar francesa em St. Cyr em 1910. Ele se formou poucas semanas antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), durante a qual serviu em combate como tenente do exército francês. Depois da guerra, ele atuou na ocupação militar da Alemanha e nas colônias ultramarinas francesas, antes de retornar à França para aceitar uma nomeação para o Conselho Supremo de Guerra e para o Conselho da Defesa Nacional. Na década de 1930, a estratégia defensiva da França – ou seja, proteger-se da vizinha Alemanha, seu inimigo tradicional – baseava-se na concepção de um perímetro defensivo fixo, altamente fortificado, conhecido como Linha Maginot. De Gaulle começou a irritar seus superiores militares quando passou a criticar a Linha Maginot e a idéia de uma defesa fixa. Em vez disso, ele propunha uma força móvel de tanques e de veículos armados, semelhantes aos que os alemães estavam desenvolvendo. Depois do início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 1º de setembro de 1939, os alemães não fizeram nenhuma tentativa imediata de atacar a Linha Maginot. Mas, em maio de 1940, forças alemãs investiram contra a França, seguindo para o norte da Linha Maginot. Coube a De Gaulle liderar várias ações de sucesso com os poucos tanques que possuía. De forma geral, no entanto, os franceses não estavam bem preparados para enfrentar os alemães e, em 14 de junho, os invasores capturaram Paris e derrotaram a França.

De Gaulle fugiu para a Inglaterra, de onde enviava vários mensagens ao povo francês para continuar a resistência. O governo de Vichy da França, instaurado sob os auspícios das tropas de ocupação alemãs, condenaram De Gaulle, mas, com o apoio dos ingleses (e posteriormente dos americanos), ele conseguiu reunir seu Exército Livre Francês. Em 6 de junho de 1944, quando os Aliados desembarcaram na Normandia para libertar primeiro a França e depois a Europa, De Gaulle e seu exército estavam presentes. E ele os liderou vitoriosamente na libertação de Paris dez semanas depois. De Gaulle, então, formou um governo provisório francês, em que ele mesmo ocupou o cargo de presidente. Pouco tempo depois, em 1946, ele se aposentou.

Em 1958, quando a guerra na colônia francesa da Argélia ameaçava desencadear um conflito dentro na própria França, De Gaulle decidiu deixar a aposentadoria de lado e se elegeu presidente por uma esmagadora maioria de votos. Ele resolveu o problema argelino, dando-lhes a independência e então se preocupou em reconstruir a vida econômica e política francesa. Sob sua Quarta República, a França voltou a ocupar seu lugar de destaque como uma das principais forças políticas da Europa e, claro, do mundo.

Em 1968, no entanto, uma revolta que uniu estudantes e trabalhadores enfraqueceu a confiança do povo francês no governo de De Gaulle e em 28 de abril de 1969 ele renunciou, passando a Quarta República para Georges Pompidou (1911-1974). De Gaulle morreu em Colombey les Deux Églises em 9 de novembro de 1970.



José Estaline


staline foi o nome adaptado por Iossif Vissarionovitch Djugatchvilli. Politico e revolucionário soviético. Ingressou no Seminário de Tiflis em 1894 do qual foi expulso em 1899 devido as sua ideias revolucionarias. Fez parte do Partido Social-Democrata Georgiano. Devido a pratica de actividades clandestinas, foi mandado para a Sibéria pelo Governo do Czar. Numa Conferencia na Finlândia em 1905 conhece Lenine e une-se à facção bolchevique após a divisão da social-democracia levada a cabo em 1902. Escreveu Anarquismo ou Socialismo? em 1906. Ingressou no Comité Central do Partido por sugestão de Lenine, com o quem fundou o Pravda, jornal diário, em 1912. Termina em 1913 o estudo O Marxismo e a Questão Nacional na cidade de Viena. Colaborou na Revolução de Outubro de 1917 com Lenine e foi designado como comissario do primeiro governo bolchevique. Durante os anos de 1918 e 1920(guerra civil) defendeu Petrogrado e Zarizyn, ficando esta ultima com o nome de Estalinegrado em sua honra. Foi eleito Secretario-gerao do Partido Comunista em 1922. Após morte de Lenine(1924) ataca a politica de Trotski. Depois disto foi expulso do partido e foi deportado em 1929. O seu governo ficou caracterizado pelas «purgas» eliminando opositores e amigos. Estes eram condenados a morte ou deportação. Em 1939, juntamente com Adolf Hitler, assina um pacto de ajuda mutua, vindo este a ser violado pela invasão da União Soviética pelas forças alemãs em 1941. Nomeado presidente do Conselho de Ministros e comissario da defesa assistiu as Conferencias de Teerão(1943), Ialta(1945) e Potsdam(1945) e assumiu o comando do Exercito Vermelho. No fim da IIª Guerra Mundial apodera-se de vários países da Europa Oriental. Morreu devido a uma hemorragia cerebral. No XX Congresso do Partido Comunista, em 1956, condenou a sua memoria pelos seus crimes.

Theodore Roosevelt


Ex-presidente norte-americano (1901-1909) nascido na cidade americana de Nova York, cujo governo, em dois mandtos consecutivos, foi marcado pela intensificação da política intervencionista do governo americano no país e no exterior, sobretudo na América Latina. Cursou direito nas universidades de Harvard e de Colúmbia, mas optou por seguir a carreira política e foi eleito deputado na Assembléia Legislativa do estado de Nova York (1881). Viúvo (1884) de sua primeira esposa, Alice Lee Roosevelt (1884), casou-se novamente (1886) com Edith Kermit Carow Roosevelt (1861-1948). Ocupou vários cargos públicos e era subsecretário da Marinha quando se iniciou a guerra contra a Espanha (1898). Deixou o cargo para organizar o primeiro corpo voluntário de cavalaria, conhecido como Rough Riders. O sucesso do grupo na guerra deu-lhe grande popularidade e, assim, foi eleito governador do estado de Nova York e depois vice-presidente dos Estados Unidos, como companheiro de chapa de William McKinley. Com o assassinado do presidente (1901) logo depois de reeleito, seu vice foi elevado à presidência. Nesse primeiro mandato introduziu medidas de controle antimonopolista e atuou como mediador na greve de mineiros (1902). Candidato a um novo mandato (1904), venceu o pleito e se empenhou na criação de reservas naturais e no fortalecimento da nação pelo reforço da Marinha e a reforma do Exército. Para evitar a ameaça de intervenção européia na Venezuela e na República Dominicana, elaborou o Corolário Roosevelt à Doutrina Monroe, pelo qual os Estados Unidos proibiam intervenções não-americanas na América Latina e assumiam a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações internacionais desses países. Promoveu a independência do Panamá, com relação à Colômbia, para assegurar o controle sobre o futuro canal; também praticou a intervenção militar na República Dominicana (1905), e em Cuba (1906). Mediou as negociações de paz relativas à guerra russo-japonesa (1904-1905) e, por isso, recebeu Prêmio Nobel da Paz (1906). Findo seu mandato, apoiou William Howard Taft para substituí-lo na presidência, mas logo entrou em conflito com o sucessor eleito, gerando uma cisão no Partido Republicano. Candidato (1912) pelo Partido Progressista, perdeu as eleições para o democrata Woodrow Wilson. No ano seguinte viajou ao interior do Mato Grosso e do Amazonas em companhia do marechal Cândido Rondon para determinar o curso do rio da Dúvida, que recebeu seu nome. Relatou essa expedição no livro Through the Brazilian Wilderness (1914) e morreu enquanto dormia, em Nova York, cinco anos depois.



Winston Churchill


Filho de Lorde Randolph Spencer-Churchill e da socialite norte-americana Jennie Jerome, neto do sétimo duque de Marlborough e do terceiro marquês de Londonderry.
Depois de algumas novelescas aventuras (incluindo sua participação nas Guerras dos Bôeres) foi jornalista e acabou dedicando-se à política. Durante a Primeira Guerra Mundial foi o Primeiro Lord do Almirantado, e portanto principal responsável do desastre da campanha de Galípoli.
No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na Câmara dos Comuns, por uma violenta crítica ao nazismo alemão, rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que o Reino Unido não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser eleito primeiro-ministro nove meses após a invasão da Polônia por Hitler em setembro de 1939 e consequente declaração de guerra à Alemanha pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a Polônia.
Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico, contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão espiritual do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeios sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeios em 20 de julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos, abandonando a ideia ao final. Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs deitado na cama, tomando banho em um cômodo separado de seu quarto, de forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo prédio seminu e molhado. A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo um coquetel de whiskies, apavorava seu médico.
Apesar da vitória na Segunda Guerra Mundial, em 1945 os conservadores de Churchill perderam as eleições para os trabalhistas, liderados por Clement Attlee, que se tornou primeiro-ministro. Em 1951, em razão de vitória por ampla maioria dos conservadores nas eleições daquele ano, Churchill voltou ao cargo de primeiro-ministro; tinha então 76 anos de idade.


Estátua de Churchill
Recebeu o Nobel de Literatura de 1953, por suas memórias de guerra (cinco volumes, também disponível nas livrarias em versão condensada, em volume único) e seu trabalho literário e jornalístico, anterior aos tempos de primeiro-ministro. Na ocasião, ele foi saudado como o maior dos ingleses vivos. Foi o primeiro a cunhar o termo "cortina de ferro" para ilustrar a separação entre a Europa comunista e a ocidental.
Em primeiro de março de 1955, Churchill proferiu seu último discurso na Câmara dos Comuns como chefe de governo, intitulado "Jamais desesperar" anunciando a sua renúncia ao mandato de primeiro-ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de guerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de falecer. Nos últimos anos de vida parlamentar, teve atuação discreta, proferindo discursos apenas ocasionalmente.
Em 21 de junho de 1955 foi inaugurada pela prefeitura de Londres a estátua de Churchill com a presença dele próprio. Em 1963, aos 89 anos, foi homenageado com o título de cidadão honorário dos Estados Unidos pelo então presidente John Kennedy. Não podendo receber a homenagem em Washington em razão de estado de saúde precário, foi representado pelo seu filho Randolph.