Mikas
EScola Basica e Secundaria de Alfandega da Fé
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Conceitos Módulo 7 Unidade 2
Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação económica, geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego. Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.
Fascismo: sistema político instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema político instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação da raça superior, libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí as perseguições aos judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria do "espaço vital" e o imperialismo alemão.
Corporativismo: forma de organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas estabelece como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar aquela socialmente útil. Para tal, defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Propaganda: conjunto de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários, a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas, canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Antissemitismo: termo que, do ponto de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto de vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o triunfo da religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras epidemias, os judeus eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Genocídio: política praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos, económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma grande quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico durante a Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah (catástrofe).
Intervencionismo: papel ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e social. O intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como empresário e produtor de serviços públicos. Entre estes, contam-se a produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro, os correios, os telefones.
New Deal: literalmente, significa nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa forte intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa política intensiva do comércio externo.
Cultura de massas: conjunto de manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura de massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades industriais do século XX.
Media: palavra inglesa que designa os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media (meios de comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e disperso.
Estandardização de comportamentos: uniformização das condutas individuais segundo um padrão socialmente aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.
Funcionalismo: conjunto de soluções arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a função numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em evidência a estrutura volumétrica dos edifícios.
Realismo socialista: «Arte oficial» da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente para o mundo proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade socialista.
Conceitos Módulo 7 Unidade 1
Inflação: alta geral de preços derivada de distorções existentes entre a procura dos produtos e a oferta de bens, a quantidade de moeda que circula e a produção/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens não correspondente à procura dos compradores capazes de pagar, estes últimos, para conseguirem as mercadorias, sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os preços. Em geral, a inflação tem origem na necessidade de criar meios de pagamento suplementares através, por exemplo, da emissão de papel-moeda. Tal pode ser devido, entre outros fatores, a um défice orçamental crónico ou a um aumento geral dos salários sem um correspondente aumento da produção.
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar:
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar:
- o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
- a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado;
- o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.
Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Ditadura do proletariado: segundo a teoria marxista, é a etapa por que deve passar a revolução socialista antes da edificação do comunismo. A ditadura do proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime burguês, possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade social.
Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.
Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.
Centralismo democrático: princípio básico que norteia a organização do Partido e do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de baixo para cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para as bases.
Anomia social: ausência de um conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social. A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que ditam a conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades atuais em que as mudanças rápidas impedem a consolidação de um código social rígido.
Feminismo: movimento de contestação e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua situação de dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade (jurídica, social, económica, intelectual e política) entre os dois sexos.
Relativismo: abordagem científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento absoluto e acredita que o conhecimento depende das condições do tempo, do meio e do sujeito que conhece.
Psicanálise: ciência psicológica criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o inconsciente), através do qual procura explicar comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.
Modernismo: movimento cultural das primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes plásticas, a arquitetura, a literatura e a música, estendendo-se também às restantes manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de criação estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos académicos.
Vanguarda cultural: movimento inovador no campo artístico, literário ou em qualquer outra área da cultura que rejeita os cânones estabelecidos e antecipa tendências posteriores.
Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa, iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos, negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se por volta de 1908.
Expressionismo: no sentido lato, designa as formas artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole psicológica e social.
Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque, cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).
Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e culturais dos espectadores.
Futurismo: movimento artístico criado pelo escritor F. Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.
Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em 1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança, cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no movimento surrealista.
Surrealismo: movimento estético iniciado em França, em 1924, que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura, à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para expressar a realidade interior do artista.
Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa, iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos, negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se por volta de 1908.
Expressionismo: no sentido lato, designa as formas artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole psicológica e social.
Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque, cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).
Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e culturais dos espectadores.
Futurismo: movimento artístico criado pelo escritor F. Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.
Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em 1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança, cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no movimento surrealista.
Surrealismo: movimento estético iniciado em França, em 1924, que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura, à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para expressar a realidade interior do artista.
sábado, 1 de junho de 2013
Conceitos Módulo 6 Unidade 5
Cientismo: atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as coisas como são, resolve todos os reis problemas da Humanidade e é suficiente para satisfazer todas as necessidade legítimas da inteligência humana.
Positivismo: conjunto de doutrinas de Auguste Comte caracterizado sobretudo pelo impulso que deu ao desenvolvimento de uma orientação cientificista do pensamento filosófico, atribuindo à constituição e ao processo da ciência importância capital para o progresso de qualquer ramo do conhecimento e da sociedade.
Realismo: conceção literária e estética segundo a qual o escritor e o artista devem representar o real tal como ele é, sem o idealizar.
Impressionismo: movimento artístico dos finais do século XIX, sobretudo pictórico, nascido em Paris. Segundo os impressionistas, o principal elemento da sua arte é a luz e, através das suas diferentes intensidades, a cor. A cor não é empregue pelo que vale ou exprime por si mesma, mas pelo que evoca e traduz.
Simbolismo: escola literária e pictórica da 2ª metade do século XIX, originária de França, caracterizada por uma visão subjetiva, simbólica e espiritual do Mundo e que adotou novas formas de expressão, traduzindo as impressões por meio de uma linguagem onde dominava a preocupação estética.
Arte Nova: estilo artístico nascido na década final do século XIX, na França. Expandiu-se pela Europa e América. Opôs-se aos revivalismos da época, procurando o uso de novas formas expressivas na arquitetura, na pintura e nas artes decorativas, recorrendo a ornamentações assimétricas, inspiradas na Natureza e na arte japonesa.
Conceitos Módulo 6 Unidade 4
Regeneração: período da História portuguesa que se iniciou em meados do século XIX e se prolongou até à década de 1870, marcado especialmente pela ação de Fontes Pereira de Melo, em que se verifica um desenvolvimento económico do país, iniciando-se a revolução dos transportes e a industrialização, Politicamente, correspondeu a uma certa pacificação e à consolidação da democracia liberal.
Fontismo: política de melhoramentos posta em prática pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado em 1852, pelo Governo da Regeneração e primeiramente chefiado por António Maria Fontes Pereira de Melo, de onde retirou o seu nome. Indissociável do livre-cambismo e do capitalismo burguês, cujos interesses defendeu, a política "fontista" incidiu na criação de infraestruturas materiais para o desenvolvimento económico do País.
Conceitos Módulo 6 Unidade 3
Partido de massas: grupo político que depende da adesão popular para se instituir. Contrapõe-se à noção de "partido de quadros" ou "de comité", usualmente atribuída aos partidos liberais e burgueses so século XIX. Estes organizavam-se de cima para baixo, isto é, nasciam de associações de personalidades, formadas em torno de um chefe parlamentar ou de um político de nomeada.
Sistema (ou sufrágio) maioritário: processo de representação que funciona do seguinte modo: dividea nação em círculos eleitorais e, em cada círculo, apenas admite a nomeação de deputados do partido aí mais votado, com exclusão de todos os outros, qualquer que tenha sido o seu número de votos.
Referendo: auscultação da opinião pública por voto direto de todos os cidadãos.
Laicismo: doutrina que proclama o carácter não-religioso das instituições sociopolíticas e culturais ou que, pelo menos, reclama a autonomia destas em face da religião. No século XIX e no princípio do século XX, o problema do laicismo colocou-se em toda a Europa e deu origem a duas grandes tendências: à separação do poder espiritual e do poder temporal, isto é, da Igreja e do Estado; e, em alguns casos, ao atísmo oficial.
Sufrágio universal: sistema de votação em que a eleição é participada por todos os cidadãos, a partir da maioridade, sem exceções de sexo, riqueza , raça, nível de escolaridade, estado civil ou outras.
Estado autoritário: estado despótico que se fundamenta no poder e na autoridade de uma minoria, exercido de modo arbitário sobre o conjunto dos governados. Nestes Estados, o poder apoia-se no exército e nas forças policiais e desempenha forte ação repressora sobre os cidadãos.
Autocracia: governo exercido em nome pessoal; sistema político em que a vontade de um só homem é a lei suprema (do grego autokrateia, poder absoluto).
Colonialismo/imperialismo: sistema de dominação (política, económica e cultural) das metrópoles sobre as colónias. O colonialismo europeu, com origem nas descobertas dos séculos XV e XVI, assumiu, no século XIX, uma feição de imperialismo (anexação desses territórios e efetivo exercício daquele domínio).
Nacionalismo: política ou atitude de alguns Estados no sentido de uma defesa dos valores nacionais, como a raça, a História nacional, que, levada ao extremo, conduz a uma predisposição para a recuperação de fronteiras antigas e sua expansão, logo a uma atitude expansionista e bélica.
Conceitos Módulo 6 Unidade 2
Explosão demográfica: brusco aceleramento da taxa de crescimento da população mundial. Esse aceleramento, que ocorreu a partir de finais do século XVIII, deveu-se, sobretudo, à queda d taxa de mortalidade e atingiu primeiramente os países mais industrializados.
Emigração: movimento populacional, voluntário e espontâneo, que implica o abandono do país de origem e instalação num país estrangeiro, definitivamente ou por um longo período de tempo.
Sociedade de Classes: estrutura social estabelecida pelo liberalismo. Baseia-se na igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a lei, no respeito pelos direitos naturais dos homens e pela liberdade individual em todos os setores. Aceita como únicas diferenças as resultantes das capacidades individuais, da profissão e do poder económico de cada um. Admite, deste modo, a mobilidade ascensional e descensional dos indivíduos.
Profissões liberais: conjunto de profissões de natureza não comercial e não industrial que se exercem de modo livre e independente, por conta própria. Reconhecem-se como profissões liberais a medicina, a advocacia, a jurisprudência.
Classes médias: grupos sociais muito heterogéneos que se formaram por meados do século XIX e que se distinguem do povo comum por possuírem uma situação económica mais estável e desafogada, sem contudo alcançarem a posição de riqueza, prestígio e poder de elites. Exercem profissões não braçais, detêm pequenos negócios no comércio ou na indústria, ou vivem de modestas pensões provenientes de bens móveis ou imóveis.
Serviços: conjunto de atividades do chamado "setor terciário urbano" (segundo Colin Clark). Por outras palavras, as atividades que não produzem bens, mas desempenham tarefas úteis à coletividade ou a outrem. Incluem-se no setor dos serviços as atividades ligadas aos transportes, à armazenagem, às comunicações, à administração pública, aos serviços coletivos públicos (saúde, saneamento, bombeiros, polícias, professores, etc.) ou ainda as atividades desenvolvidas por empresas particulares no campo recreativo, hoteleiro, comercial e pessoal ou outras afins.
Self-made man: expressão inglesa que significa, à letra, "o homem que se faz a si próprio". No século XIX, esta expressão foi empregue com frequência para designar os homens de origem humilde e sem preparação que, à custa dos próprios méritos e do trabalho, alcançaram uma posição de destaque nos negócios, na política, nas profissões liberais ou nas letras.
Grémio: associação de carácter profissional, económico e, mais raramente, cultural, como no caso dos grémios literários.
Filantropia: doutrina filosófica e política que visa alcançar a construção da felicidade humana pela prática do humanitarismo como meio para eliminar as injustiças reinantes na sociedade. (Etimologicamente, filantropia significa amor pela Humanidade ou humanitarismo).
Consciência de classe: identificação do indivíduo com o grupo social a que pertence por razões profissionais, socioeconómicas ou político-culturais. Grau de consciência que um grupo social possui de si próprio enquanto entidade coletiva, unida pelas mesmas condições de vida e pelo mesmo estatuto político-económico.
Proletariado: termo de origem romana que designa as camadas populacionais que não têm outro meio de sobrevivência que não seja venderem a sua força de trabalho (= capacidade de trabalho); assalariado. Embora incluísse, inicialmente, apenas os operários das indústrias, o termo foi-se generalizando ao longo do século XIX, passando a abranger os assalariados de todos os setores de atividade.
Socialismo: sistema político-ideológico que nasceu na Europa durante o século XIX. Caracteriza-se por propor o estabelecimento de uma sociedade ideal onde, através da abolição da propriedade privada e da coletivização da economia, a igualdade económica e social fosse efetivamente conseguida, a par da igualdade jurídica e política. De raízes diversas, o socialismo apresenta diferentes feições ideológicas e deferentes práxis políticas. A corrente dominante é, desde finais do século XIX, a do socialismo marxista ou socialismo científico.
Greve: suspensão coletiva da prestação de trabalho, resolvida por combinação prévia entre os trabalhadores subordinados de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo setor, tendo por fim obter a satisfação de reivindicações de carácter profissional.
Movimento operário: expressão utilizada para designar a luta dos operários em prol da sua causa. Como formas de luta, os operários usaram a formação de associações de entre-ajuda, as manifestações, as greves e os sindicatos. Iniciado ainda no primeiro quartel do século XIX, o movimento operário só tomou uma feição organizada e oficial após 1860-70 com o apoio e suporte ideológico do socialismo científico e do anarquismo.
Sindicato: associação de carácter profissional que congrega trabalhadores coma mesma profissão ou profissões conexas, unidos pelo propósito de lutar pela defesa dos seus direitos profissionais, tanto no plano económico, como moral e político. Inicialmente considerados como associações privadas, os sindicatos alcançaram, nos finais do século XIX, o reconhecimento oficial, obtendo prerrgativas de direito público e sendo reconhecidos a nível político.
Luta de classes: antagonismos de carácter profissional, económico e sociopolítico que opõem grupos sociais com interesses diferentes. Para Karl Marx, autor da expressão, só existem duas verdadeiras classes nas sociedades burguesas do século XIX: a burguesia e o operariado.
Internacional Operária: designação dada a uma das várias associações estabelecidas para coordenar as organizações comunistas espalhadas por todo o Mundo. A I Inernacional foi fundada em 1864, em Lonfres, o seu protagonista mais importante foi Karl Marx e ficou conhecida por Internacional Operária.
Conceitos Módulo 6 Unidade 1
Capitalismo industrial: segunda fase do sistema económico capitalista (a primeira foi o capitalismo comercial, século XVI-XVIII - viagens de descobertas e de exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi instalado de forma hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho e de produção: da manufatura passou à maquinofatura que, através do recurso às máquinas a vapor, possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi marcado por transformações económicas, políticas, sociais e culturais: se por um lado, fez aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou a descida de preços das mercadorias; por outro, conduziu ao desemprego, à diminuição dos salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração de mão de obra feminina e infantil, à poluição (dos espaços, dos rios, atmosférica, sonora...), à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros. Rapidamente este sistema estendeu-se a outros países da Europa e aos EUA. Muitos países europeus introduziram este sistema económico na Ásia e na África, mas foram explorados pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo matérias-primas e riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na Europa, sendo que o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este sistema económico conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente a partir do terceiro quartel do século XIX.
Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte.
Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços.
Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário ( como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação - o valor facial ou nominal ( o que está escrito neles) - não corresponde ao valor real dos materiais em que são feitos, representando apenas um valor convencional que corresponde a igual valor em metais preciosos depositados nos cofres dos bancos emissores. Tais moedas presumem a confiança (fides) do público na existência de tais reservas no banco emissor.
Sociedade anónima: forma de constituição de uma empresa, cujo capital se encontra fracionado em títulos de igual valor (ações) que pertencem a vários titulares, geralmente não identificados. Os titulares das ações têm direito a uma percentagem dos lucros da empresa, proporcional ao valor das ações possuídas, mas também respondem, apenas na mesma proporção, pelos gastos e dívidas da mesma. Os títulos ou ações podem ser revendidos nas Bolsas, aumentando assim a capital disponível da empresa e permitindo lucros especulativos.
Capitalismo financeiro: terceira fase do sistema económico que começou a emergir a partir do terceiro quartel do século XIX, isto é, no período de expansão imperialista (1875-1914), e que viria a consolidar-se após a 1ª Guerra Mundial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento da Banca e de grandes grupos empresariais.
Taylorismo: doutrina de racionalização do trabalho industrial que visa a maximização do rendimento técnico do binómio trabalhador-equipamento, pela mecanização e automatização dos atos dos operários, pela eliminação dos tempos mortos e gestos inúteis e pela redução do esforço físico e psicológico dos trabalhadores. Foi enunciada pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor com base na divisão metódica das tarefas laborais, na adequação dos diferentes tipos de tarefas entre si e nas aptidões dos diversos trabalhadores.
Estandardização: uniformização dos modelos produzidos em série; redução da produção a um só modelo.
Capitalismo rural: sistema económico utilizado por um conjunto de empresários e de instituições financeiras, cujo capital resultou dos lucros obtidos em atividades produtivas rurais (agricultura, viticultura, criação de gado, pecuária...), as quais visavam a grande produção e a sua total mercantilização, de modo a obter o máximo de lucros, reinvestíveis na agricultura ou noutras atividades económicas.
Zollverein: acordo de unificação aduaneira que uniu os Estados da Confederação Alemã desde 1834 até à proclamação do I Reich, em 1871 (Chanceler Bismarck).
Crise cíclica: perturbações da vida económica que ocorrem em intervalos de tempo regulares.
quinta-feira, 7 de março de 2013
Conceitos Módulo 5 Unidade 1
Constituição: documento legislativo
que contém os princípios gerais e as normas jurídicas fundamentais de
um Estado, emanadas de uma assembleia eleita ou constituída para o
efeito. A Constituição de um Estado define a sua forma política e os
direitos e deveres essenciais dos seus cidadãos.
Revolução liberal: conjunto de
movimentações político-militares que, entre o último quartel do século
XIX, derrubaram o absolutismo monárquico e implantaram o liberalismo,
assente na igualdade dos direitos individuais, na soberania nacional e
no principio da separação políticos.Conceitos Módulo 5 Unidade 5
Liberalismo económico: conjunto de
princípios regulou a gestão da vida económica nos regimes liberais.
Inspirado na ideia iluminista da ordem natural e respeitando como
corolário máximo a liberdade individual, o liberalismo faz repousar o
bem-estar económico da sociedade nos princípios da livre iniciativa
privada, exercida em livre concorrência, prescrevendo toda e qualquer
intervenção do Estado em matéria económica.
Romantismo: movimento cultural
(literário, artístico e filosófico) que se difundiu na Europa e na
América entre finais do século XVIII e meados do século XIX.
Contrapõe-se ao neoclassicismo e exalta o individualismo, a
subjetividade, a imaginação e os sentimentos.
Época Contemporânea: último período
da evolução histórica, aquele em que se estabeleceram os padrões
culturais e civilizacionais do mundo atual. A historiografia inicia-o
com as transformações provocadas pelos efeitos conjuntos do liberalismo e
da revolução industrial; convencionalmente, escolheu-se para sua data
inicial a da Revolução Francesa, 1789.
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